terça-feira, 24 de abril de 2012

por amor


então, ele segurou a minha mão, e assim ficamos...
seguros um do outro.


ele estava lá, seguro de ter minha mão (e não só) e eu estava segura de ser sua.

o daniel perguntou o que eu quis dizer com avencas há um ano atrás, e eu digo agora que significa o amor.

porque uma avenca pode ou não crescer. pode ou não ultrapassar o muro.
e o daniel derrubou todas as paredes do meu coração, arrebentou todas as janelas... ele cresceu... cresceu mais do que eu esperava, insuspeitado. o daniel ultrapassou um muro que nunca existiu para ele.


e vieram as ligações, os encontros, as declarações... e logo eu estava ali... com passagem aberta pra subir pro apartamento. e logo eu estava ali... ocupando uma gaveta de seu quarto... logo ocupei seu coração também.


que depois de breves 12 meses, eu estou lá: grudada na sua parede (e não só), ocupando um espaço maior do que uma gaveta, e com a cópia da sua chave.
isso é quando o amor acontece... que a gente gosta tanto duma pessoa, que ela é tão parte da nossa vida...
e que parte pertence à ela também.


e eu estava lá, do jeito que sempre fui, com uma pitada a mais de amor, no meu lugar favorito, para confirmar o que sempre foi desde o começo: amor.
e eu não poderia estar mais feliz, vendo nosso amor tão compartilhado com os nossos favoritos. e quem era pra estar lá, estava, inteiros, acreditando ou não, mas testemunharam.


e depois de tudo, quando eu fechei meus olhos, só conseguia guardar aquelas palavras, de tanto amor, que eu nem esperava que fossem ser ditas.
e depois de tudo, eu estava ali, ao seu lado. dormindo cansada, mas amada.


o daniel fez daquele noite, uma noite simplesmente mágica pra mim, pois eu senti um amor maior do mundo, que nem cabia em mim de tanta felicidade.


eu só poderia dar meu melhor sorriso pra ele e oferecer todo meu amor e companheirismo... porque é assim que somos... dispostos e disponíveis a tudo que nos acomete. é assim que somos: juntos.
e que sejamos feitos de amor. porque isso é o melhor que eu tenho e é o melhor que ele dá.
eu estou noiva, com alegria no corpo, por ser assim... desse nosso jeito, bem bagunçado, divertido, surrado, porque a gente é assim, e isso não é tão ruim.




e daniel....avencas crescem.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

na biblioteca

“de vez em quando eu vou ficar esperando você numa tarde cinzenta de inverno, bem no meio duma praça, então os meus braços não vão ser suficientes para abraçar você e a minha voz vai querer dizer tanta, mas tanta coisa que eu vou ficar calada um tempo enorme. só olhando você, sem dizer nada só olhando e pensando: “meu Deus, mas como você me dói de vez em quando…”

domingo, 8 de abril de 2012

all star

enquanto comíamos uma pizza de pepperoni, eu falava sem parar...
então, ele me interrompe e decide:
-você sabe que estamos namorando né?


me calei por um segundo.
e desde então, não paro mais de falar.

happiness is a warm gun

eu sempre queimo a largada.


ele diz.




eu penso: quero ouvir beatles, tchau.

terça-feira, 3 de abril de 2012

com você, o meu mundo ficaria completo.

eu sempre fui a ovelha negra da família, nunca me comportei como todas as meninas da minha idade se comportavam, e não que eu me orgulhasse disso... eu simplesmente não era e não gostava de ser como elas.
eu gostava mesmo era de rock'n'roll.

mas eu, desde pequena, sempre soube ser a única... eu gostava mesmo era de ficar na biblioteca com a tia alice, eu gostava mesmo era de usar saia na cabeça porque minha mãe não deixava meu cabelo crescer, e mantive alguns hábitos mesmo depois de grandinha, como por exemplo usar saia por cima da calça...

e eu não fiquei frágil, eu nasci frágil... desde menina eu já não podia brincar para não correr riscos de me quebrar... e desde pequena eu nunca usei as sapatilhas cor-de-rosa que eu queria usar.

eu sempre fui única porque me aconchegava no pé da cama da minha mãe, porque ficava em cima da barriga do meu pai, porque aprendi andar de bicicleta com o pedreiro de casa.
eu soube ser única porque eu não aprendi a tabuada direito, porque eu tinha um potinho de algodão com feijão plantado dentro...
eu sempre soube ser a única porque quando tinha seis anos, meu pai comprou todos os votos que eu tinha de vender para que eu ganhasse e fosse sinházinha na festa julina do jardim de infância.

eu nunca agradei ninguém, quase sempre tenho uma justificativa, um argumento, uma resposta na ponta da língua... e isso ninguém suporta, mas também ninguém suporta o meu silêncio.... eu posso falar por horas... mas se eu me calo... dói.

meu pai lia os meus diários, abria minhas cartas e fuçava na minha gaveta, minha mãe escutava atrás da porta e ficava dizendo pra eu não engravidar.
eu sempre fui a ovelha negra da família porque ninguém me conhecia. porque ninguém sabia realmente quem eu era.
e eu chorei quando eles me colocaram na psiquiatra, eu chorei quando eu não sabia mais o que fazer com tudo que eu sentia e eles simplesmente viraram as costas pra mim porque não sabiam lidar com a minha dor.
eles me magoaram de todas as maneiras que eles podiam.

eu nunca fui uma menina comum, e àqueles que me conheceram e descobriram isso, me quebraram, levaram toda a minha fragilidade e sensibilidade deixando no lugar uma estátua, um coração de pedra, deixaram apenas as minhas auto-defesas já calejadas. porque dói se defender todo o tempo.

e foi aí que eu conheci o daniel, com a altura de um menino e a grandeza de um homem.... aí eu conheci o daniel, que me mostrou que eu não precisava daquela armadura o tempo todo e que eu podia relaxar...
lá estava o daniel, com a mão na minha cintura pedindo para eu anotar seu telefone porque tinha esquecido o celular em casa... e lá estava o daniel, destilando charme à toa, numa sexta-feira à noite.

e lá estava eu, quando perdia o sono, matando o tempo em seu sofá... enquanto ele ainda dormia...
daniel me conquistou porque quando acordava ligava o rádio e iamos tomar café escutando antena 1....
eu me apaixonei pelo daniel porque ele demora 1hora pra tomar banho e sai do banheiro com a cara mais charmosa do mundo, porque quando ele acorda, eu tenho vontade de apertá-lo, de tão fofa que é a carinha de sono dele...
eu me apaixonei pelo daniel, porque ele me levou nas padarias de campinas, porque eu sei agora onde tem suco de morango gostoso e pão com manteiga...

e lá estava eu, que quando o conheci estava com uma calça xadrez, uma blusa preta e cabelo despenteado.... lá estava eu, no nosso segundo encontro, com meia-calça, short e camiseta dos beatles... e lá estou eu, ao seu lado, quase 1 ano depois, de vestido, maquiagem e menos gorda.

há muitos motivos que fizeram encantar-me por daniel... e há um motivo só para eu querer passar o resto da minha vida com ele: AMOR.
porque eu o amo muito.
e porque todas as coisas que fazemos juntos, agora ganhou um novo sentido na minha vida... assim como as minhas cores... elas ganharam outros sentindos quando o conheci...
e porque ele tem aquele olhar, aquela risada que só de lembrar o som, eu já acompanho.... porque ele tem aquelas covinhas na bochecha... porque eu adoro aquele cabelo cheiro, adoro o jeans com o sapato, adoro suas camisas... porque ele tem aquele abraço que a gente sabe que é o melhor do mundo porque cabemos nele....
eu quero estar na vida do daniel, porque simplesmente nós combinamos... porque somos loucos, porque somos bagunceiros, porque gostamos das mesmas coisas, porque quando não gostamos das mesmas coisas também não tem problema, porque somos divertidos juntos, porque somos mimimi....
eu só quero estar com o daniel por todo tempo possível..... porque ele é único.





e lá estava eu, a menina que sempre soube ser única, mas que ninguém nunca soube disso.
o daniel soube.

domingo, 1 de abril de 2012